Mulheres palestinas: o pilar da resistência

Via Liberation School, traduzido por Gabrielle S.

Ultimamente temos visto várias fotos de mulheres e meninas, tanto idosas quanto jovens, participando de protestos e confrontos com as Forças de Ocupação Israelenses. Muitas pessoas, inclusive eu mesma, inspiradas pela valente resistência de nosso povo, têm compartilhado essas imagens online e discutido sobre elas com amigos e familiares. Mas recentemente li um comentário que sugeria que esta era uma nova fase na luta palestina, como se as mulheres estivessem só agora se juntando a esses confrontos. Contudo, as mulheres palestinas sempre estiveram na linha de frente e é perigoso esquecer isto. Gostaria de contar a todos vocês hoje sobre a história das mulheres na resistência palestina, o legado de luta que nossa geração herdou e porque é importante continuarmos esse legado aqui nos Estados Unidos e na Palestina.


HISTÓRIA

Vou começar do início, pois nossa história é inspiradora e, pois, quero ter certeza de que todos entendemos que o envolvimento das mulheres nesse movimento não é um fenômeno novo.

Comecemos pela primeira fase da colonização da Palestina, o Mandato Britânico. Em seu livro sobre a aldeia de Baqa al-Gharbiyeh, o historiador palestino Subhi Biyadseh relembra um evento contado pelos aldeões. Durante a era do Mandato Britânico na Palestina, os ingleses bombardearam a vila de Baqa al-Gharbiyeh, em 1936. O exército então tomou todos os homens da aldeia como prisioneiros. As mulheres responderam descendo à noite ao quartel militar com seus filhos, armadas apenas com pedras, exigindo a libertação dos homens pelo exército, feito que conseguiram. Este conto destaca o papel proeminente que as mulheres palestinas têm desempenhado quando se trata de resistência contra a ocupação estrangeira da Grã-Bretanha e então de Israel.

Durante esse tempo, também existiam organizações armadas de mulheres, como Zahrat al-Uqhawan, que foi originalmente estabelecida como uma organização social em 1933 na cidade de Yafa pelas duas irmãs, Moheeba e Arabiya Khursheed. A transformação em um grupo armado se deu após Moheeba testemunhar um atirador do Mandato Britânico disparar um tiro na cabeça de um menino palestino enquanto ele estava nos braços de sua mãe. Zahrat al-Uqhawan esteve envolvida na luta contra as gangues armadas sionistas até a queda de Yafa em 1948, quando parte da população palestina da cidade foi etnicamente limpa, o que incluía Moheeba, que viveu o resto de sua vida como refugiada na Jordânia.

Após a catástrofe de 1948 e o estabelecimento de Israel, muitas outras heroínas surgiram. Hayat Al-Balbisi, uma professora em Deir Yassin, e Hind Al-Husseini são apenas dois exemplos entre milhares. Hayat Al-Balbisi estava em Jerusalém no dia do massacre de Deir Yassin, mas no minuto em que ouviu a notícia de um ataque a cidade, correu para ajudar. Como era funcionária da Cruz Vermelha, com ela se refugiaram 15 meninas e meninos na escola em Deir Yassin. Ela transformou o local em um centro de resgate e colocou o sinal da Cruz Vermelha na porta, julgando que desta forma conseguiria proteger as crianças e os feridos, uma vez que os sionistas respeitariam as leis humanitárias e não atacariam um centro da Cruz Vermelha. Mas o sinal não ajudou sua causa. Hayat, de 18 anos, foi morta a tiros por terroristas sionistas enquanto ajudava um palestino ferido.

As 55 crianças que conseguiram sobreviver ao massacre foram exibidas ao redor de áreas vizinhas como se fossem troféus de guerra e depois abandonadas na Cidade Velha, onde foram encontradas por Hind Al-Hussieni. Ela os levou para a mansão de sua família “Dar Al-Husseini”, que ela rebatizou de “Dar Al-Tifl Al-Arabi”, ou Casa das Crianças Árabes. Hind Al-Husseini dedicou toda a sua vida a cuidar e educar os órfãos de Deir Yassin e outras crianças palestinas. Hoje, a mansão abriga uma escola, um museu de folclore e arte palestina e uma biblioteca de pesquisa e herança árabe de Jerusalém. Esses dois exemplos mostram as formas dinâmicas pelas quais as mulheres podem se envolver na luta, tanto direta quanto indiretamente.

Um exemplo de mulher que lutou diretamente contra a ocupação israelense é, claro, Leila Khaled, membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina. Ela se tornou a primeira mulher palestina a sequestrar um avião em 1969 e repetir o feito no ano seguinte. Sua fotografia icônica, a imagem que a tornou o símbolo da resistência palestina e do poder das mulheres, é aquela que toda menina palestina conhece bem. Ela não apenas realizou um dos ataques mais controversos de seu tempo, mas também foi a primeira mulher membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) em 1967 e continua sendo membro do Conselho de Liderança da FPLP até hoje. Menciono-a especificamente porque me lembro de ler sua autobiografia e sentir-me inspirada por sua história. O que realmente repercutiu em mim foi a necessidade de organização a fim de derrotar o inimigo colonial.

Então, em 1987, quando estourou a primeira intifada, foi fundado o Comitê de Trabalho das Mulheres. A revolta estimulou essas mulheres a trabalhar pela causa nacional em uma situação de emergência real. Uma ativista de Nablus explicou a situação da seguinte forma: “Como nosso programa [antes do levante] era explicitamente político, econômico e cultural, as mulheres tinham medo de participar. Mas, durante o levante, nosso programa começou a abordar a realidade. Agora as mulheres estavam mais ansiosas para ingressar, porque queriam resolver problemas em suas vidas reais”. Elas ampliaram os horários das creches para acomodar as mulheres ativas no levante e forneceram aulas nas áreas de saúde e primeiros socorros à medida que as vítimas aumentavam nos bairros, especialmente em resposta a espancamentos e gás lacrimogêneo. As mulheres também distribuíram panfletos, discutiram política abertamente e encorajaram as pessoas que não estavam convencidas a participar do levante. Isso é o que quero dizer com organização: fazer parte de um grupo que engaja ativamente a comunidade e usa táticas específicas para isso.

Como acabamos de mencionar, a primeira intifada abriu caminho para uma enxurrada de resistência popular de base à violência da ocupação israelense. No entanto, embora o papel das mulheres na intifada tenha sido reconhecido como crucial, elas não estavam envolvidas nos processos de tomada de decisão política, que é o próximo passo para se organizar e se envolver politicamente.

A assinatura dos Acordos de Oslo em 1993 acalmou as relações com Israel, pôs fim ao levante popular e concedeu princípios nacionais de autodeterminação, libertação e justiça em troca da prometida consolidação do poder político e econômico. Embora as mulheres tivessem atuado em organizações não governamentais e no “combate” direto, a participação feminina no recém-formado governo da Autoridade Palestina (AP) era fraca e marginalizada. As oportunidades de trabalho limitavam-se a secretárias, datilógrafas ou professoras em escolas públicas. As mulheres ainda estão sub-representadas na liderança dos principais partidos políticos palestinos, incluindo o Hamas, apesar dos altos níveis de ativismo político.

Isso nos traz até os dias de hoje. Mais de 70 palestinos foram mortos até agora este mês, incluindo mulheres e crianças. As mulheres palestinas em Jerusalém estão sob constante ataque, tanto das forças israelenses quanto das mãos de vigilantes. Falando como “mulheres, mães, irmãs, filhas e jovens”, a Coalizão de Mulheres de Jerusalém fez um apelo “pela proteção de nossa segurança corporal e proteção quando estamos em nossas casas, andando em nosso bairro, chegando a escolas, clínicas, locais de trabalho e locais de culto”.

A coalizão de Jerusalém afirma que as mulheres vivem em um “estado de medo e horror”, uma vez que Israel “regularmente executa palestinos nas ruas”. As mulheres palestinas estão em uma posição particularmente precária em Jerusalém, violentadas pelo Estado israelense, que governa seu ambiente imediato. Em Jerusalém, elas nem mesmo desfrutam da “proteção”, embora amplamente simbólica, da Autoridade Palestina. “Nós, as mulheres da Jerusalém Oriental ocupada, somos politicamente órfãs”, afirmam. “Somos vítimas sem proteção, pois a Autoridade Palestina não tem o direito de nos proteger em nossa cidade, e o Estado israelense nos trata como terroristas que devem ser humilhadas, atacadas, violadas e controladas.”

A extensão do controle israelense vai muito além da violência atual, estendendo-se à “água, celulares, internet, mobilidade, saúde [e] economia” das mulheres palestinas em Jerusalém. Os grupos pedem à comunidade internacional que pressione Israel a observar a Resolução 1.325 do Conselho de Segurança da ONU, que “reafirma o importante papel das mulheres na prevenção e resolução de conflitos, negociações de paz, construção da paz, manutenção da paz, resposta humanitária e na reconstrução pós-conflito e enfatiza a importância de sua participação igualitária e seu pleno envolvimento em todos os esforços para a manutenção e promoção da paz e da segurança”.

As mulheres palestinas sempre foram parte integrante da luta palestina pela liberdade e emancipação. Elas sempre foram parceiras dos homens na resistência e na luta contra a ocupação e colonização sionista, seja como cidadãs, como trabalhadoras, como professoras, como ativistas ou como defensoras da liberdade. A história da resistência palestina está cheia de nomes de heroínas, ativistas que se recusaram a permanecer caladas ou inativas enquanto a Palestina era colonizada. Mas além dos muitos nomes que estão registrados na história palestina, existem milhares e milhares de mulheres heroicas sem nome, as ativistas e as lutadoras cujos nomes nunca saberemos, mas que sempre farão parte de nós porque são nossas avós, nossas mães, nossas irmãs, nossas amigas e nossas camaradas. E esse também é um ponto importante a se ressaltar. Não fazemos isso pela fama ou pela foto de protesto; nós lutamos porque nossas vidas dependem disso.

ANÁLISE

No verão passado, testemunhamos um dos ataques mais brutais a Gaza e ao povo palestino como um todo. Mais de 2.100 pessoas morreram, mais de 11.000 ficaram feridas e 100.000 casas foram destruídas. A guerra unilateral de Israel contra o povo palestino não foi um acidente. Não foi por causa de três meninos sequestrados e não foi por causa do Hamas. Os ataques de Israel foram uma guerra contra as mulheres. Sua guerra ofensiva foi genocida e teve como alvo mulheres e crianças em uma tentativa de eventualmente limpar eticamente toda a população palestina.

Desde o estabelecimento de Israel em 1948, as forças de ocupação não têm como alvo militantes ou campos de treinamento. Eles sempre visaram casas, famílias e bairros. Durante o ataque a Gaza, 89 famílias foram exterminadas. Oitenta e nove famílias simplesmente deixaram de existir, suas vidas e nomes perdidos para sempre. Esta amarga realidade se prolonga há tanto tempo quanto a ocupação. Este genocídio não é por causa de um político corrupto ou apenas de alguns líderes e soldados racistas. Essa estratégia está inserida na ideologia sionista. Ayelet Shaked, uma política e parlamentar israelense, declarou: “Eles têm que morrer e suas casas devem ser demolidas para que não possam abrigar mais terroristas”, disse Shaked, acrescentando: “Eles são nossos inimigos e seu sangue deve estar em nossas mãos. Isso também se aplica às mães dos terroristas mortos”.

Os palestinos são conhecidos pelos israelenses como uma “ameaça demográfica”. Segundo o sionismo, para se livrar da população que causa tal ameaça é imperativo “estuprar as esposas e mães dos combatentes palestinos” para impedir ataques de militantes do Hamas, como afirmou Mordechi Keder, ex-oficial da inteligência militar de Israel. A retórica racista e misógina que sai da boca dessas autoridades israelenses está diretamente associada às políticas e condições que Israel cria para acabar com as mulheres palestinas que dão à luz a gerações de combatentes. Rana Baker, estudante de administração de empresas na Universidade Islâmica de Gaza e jornalista freelancer, é ativa em várias questões políticas enfrentadas pelos palestinos. Baker observou: “Para ser honesta, quando se trata do impacto do cerco de Israel e das políticas coloniais sobre o povo de Gaza, na verdade em toda a Palestina, não acho que as experiências de homens e mulheres sejam diferentes umas das outras. Quando Israel bombardeia escolas deliberadamente, tanto homens quanto mulheres são afetados. Ao falar sobre os limites que Israel impõe às nossas aspirações, ambos os sexos compartilham o mesmo sofrimento. O governo israelense age com indiferença para com a população palestina. As mesmas políticas letais são aplicadas a homens, mulheres e crianças de maneira indiscriminada”.

E, embora isso seja verdade, a pobreza produzida pelo cerco levou 80% dos 1,6 milhão de palestinos de Gaza a depender de auxílio alimentar e gerou taxas crescentes de desnutrição e anemia em mulheres. Um relatório conjunto da Medical Aid for Palestinians e Save the Children observou que a anemia afetou 36,8% das mulheres grávidas em Gaza e que a anemia pode acarretar “maus resultados na gravidez e contribuir para 20% de todas as mortes maternas”. As forças de ocupação sustentam propositalmente altas taxas de abortos espontâneos, bloqueando recursos básicos como água e suprimentos médicos, forçando mulheres em trabalho de parto a esperar em postos de controle militares a caminho de um hospital e, geralmente, criando condições desumanas e inabitáveis para as palestinas. Apesar das inúmeras mortes e destruição causadas, bem como da intensificação do discurso de ódio na política sionista dominante, todos os senadores dos EUA aprovaram por unanimidade a Resolução 498 do Senado para dar total apoio às ações de Israel.

O governo dos Estados Unidos concede a Israel mais de 3,1 bilhões de dólares por ano em “auxílio”. Israel usa esse dinheiro para seu desenvolvimento militar e industrial e para a construção de assentamentos em terras roubadas. Hillary Clinton, uma suposta feminista e candidata democrata à presidência, declarou recentemente que, se eleita, reafirmaria o vínculo indissolúvel que os Estados Unidos têm com Israel e Netanyahu. É por isso que é tão importante para nós nos posicionarmos contra as reivindicações políticas hipócritas do governo dos EUA. Clinton fez questão de divulgar seu apoio às questões femininas como sendo o centro da política externa dos EUA. Ela visitou estados em todo o mundo, da África do Sul à República Democrática do Congo, conversando com sobreviventes e condenando a violência sistemática contra as mulheres. Mas enquanto ela aborda essas questões, ela simultaneamente defende políticas que oprimem diretamente as mulheres. Como mencionado, Clinton é uma defensora declarada dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, que buscam tomar cada vez mais terras dos palestinos.

O apoio de Clinton aos assentamentos judaicos na Cisjordânia expõe as lacunas em sua defesa dos direitos de todas as mulheres porque demonstra o quão estreito, seletivo e opressivo é seu “feminismo”. Ao apoiar o imperialismo, ela está perpetuando a supremacia branca e a colonização. É nosso dever como mulheres palestinas, mas mais importante como cidadãs deste país, desmantelar esse sistema de contradições. Devemos exigir o fim da guerra e da ocupação, pois sem nossa voz, mulheres como Hillary Clinton serão as únicas a serem ouvidas.

Algo que sempre tive orgulho de apontar e que julgo importante, é que na Palestina as linhas não são apenas tênues quando se trata do lugar de homens e mulheres na luta, mas também de muçulmanos e cristãos. Os palestinos, é claro, incluem muçulmanos e cristãos, e os cristãos estão sendo tão perseguidos quanto o resto de nós. Israel tem uma longa história de queimar e vandalizar escolas, igrejas e instituições cristãs. Os cristãos também passam horas nos postos de controle e são submetidos à mesma violência. Não há exemplo mais claro do que Belém, o lugar do nascimento de Jesus.

Devemos continuar unidos em todas as áreas de nossas vidas se quisermos que nosso movimento seja bem-sucedido. Sejam homens e mulheres, cristãos e muçulmanos, ou mesmo raças e etnias. O ano passado foi de grande crescimento para a solidariedade Negro-Palestina. Do terror dirigido contra nossas duas comunidades, surgiu entre nossos movimentos a resiliência fortalecida e a luta conjunta. Isso deve continuar. Não podemos vencer nossas lutas sem solidariedade e vontade de lutar lado a lado. Esse é o primeiro ponto de organização.

Em segundo lugar, como sabemos, sem protestos maciços de nossa parte, os contribuintes dos EUA continuarão financiando a opressão de Israel aos palestinos. Devemos continuar a fazer parte dos movimentos nas ruas e em nossos locais de atuação, e devemos continuar a boicotar os produtos israelenses. Todo ganho progressivo neste país e no exterior deveu-se aos movimentos populares que colocaram essas questões em primeiro plano, tais como jornada de trabalho de 8 horas, direito de voto das mulheres, direitos civis para afro-americanos e ganhos na imigração. O único exemplo que mais espelha a Palestina é a África do Sul. Isolamento internacional, resistência interna, um formidável movimento clandestino e uma resistência armada, que combinados trouxeram o fim do sistema do apartheid na África do Sul – todos são fatores que devem ser levados em consideração quando se fala em uma plataforma para uma solução para a questão palestina. A pressão que foi colocada sobre os líderes deste país e até sobre as celebridades para que parem de apoiar o sistema do apartheid é exatamente o que está acontecendo agora no movimento palestino.

Não podemos vencer isso sozinhos. Devemos nos organizar e devemos nos unir. Eu mesma sou uma refugiada palestina e não consigo expressar o quão essencial foi para minha vida ter me juntado a uma organização como a ANSWER, que estava na vanguarda da luta antiguerra poucos dias após o 11 de setembro, quando houve histeria em massa e fanatismo anti-muçulmano em todos os lugares. Quando fui forçada a voltar para cá em 2006, pensei que odiava este país, pensei que odiava todos nele. Mas então encontrei pessoas com ideias semelhantes, que viam a Palestina e o movimento antiguerra como um aspecto importante não apenas da minha libertação pessoal, mas da emancipação de toda a humanidade.

Os cidadãos deste país não querem que a maior parte de seu orçamento vá para a guerra e ocupações ao redor do mundo; eles querem educação, empregos e moradia aqui mesmo, em seu próprio país. E assim, quando encontrei um grupo multinacional e sério em sua luta contra todas as formas de opressão, sabia que tinha que me juntar a eles. Juntar-me a um grupo organizado não apenas me deu uma plataforma para que minha voz fosse ouvida, mas também uma plataforma onde posso me envolver no progresso direto deste país. É nosso direito e nosso legado lutar contra um governo que não atende às nossas necessidades. Isso é o que significa democracia, certo?

Como sabemos, há apenas uma solução viável para a ocupação de Israel e é simplesmente acabar com ela. Mas não apenas acabar com ela, é preciso desmontá-la. Um estado único e secular em toda a Palestina histórica, o que não significa as fronteiras de 1967, mas toda ela do extremo norte ao extremo sul, do rio ao mar, é a única solução para a liberdade palestina. Portanto, irmãs, sejam ativas, envolvam-se porque, assim como nossas irmãs antes de nós, é nosso dever e nosso direito lutar pela nossa sobrevivência como povo. Obrigada.

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