Por Alain Badiou, traduzido por Daniel Alves Teixeira
Ao final de seu livro Métaphysique du Bonheur Réel (Metafísica da Felicidade Real, ainda sem tradução para o português), Alain Badiou recapitula os 21 pontos que sintetizam aquilo que para ele poderia ser chamada de felicidade real:
- A felicidade é o sinal infalível de todo acesso às verdades.
- A felicidade não é a recompensa da virtude, mas ela é a virtude ela mesma.
- A felicidade é a experiência afirmativa de uma interrupção da finitude.
- A felicidade é o afeto da vida verdadeira.
- A felicidade real é uma figura subjetiva do Aberto.
6. A felicidade real é o afeto da democracia.
- A felicidade real é o gozo de novas formas de vida.
- Toda felicidade real supõe uma liberação do tempo.
- Não há felicidade senão para aquele que, de um indivíduo, aceita se tornar sujeito.
- Marchar sob o imperativo de uma Ideia verdadeira nos destina à felicidade.
- Toda felicidade real se coloca em um encontro contingente, não existe nenhuma necessidade de ser feliz.
- Uma certa dose de desespero é a condição da felicidade real.
- O afeto do efeito de sujeito, quer seja o entusiasmo político, a beatitude científica, o prazer estético ou o gozo amoroso, é sempre isso que merece, para além de todas as satisfações das necessidades, o nome de felicidade.
- A felicidade é sempre gozo do infinito.
- Toda felicidade real é uma fidelidade.
- A felicidade é o advento, em um indivíduo, do Sujeito que ele descobre poder se tornar.
- A felicidade é o afeto do Sujeito enquanto exceção imanente.
- A essência verdadeira da liberdade, condição essencial da felicidade real, é a disciplina.
- Toda felicidade é uma vitória contra a finitude.
- Toda felicidade é um gozo finito do infinito.
- Toda felicidade é obtida, em um sentido, pela força do querer.
Extraída do livro Métaphysique du Bonheur Réel – Presses Universitaires de France, 2015, 1º édition.
Para um comentário de Vladimir Safatle sobre este livro, vide o link 1 ou 2.
1 comentário em “A felicidade real de Alain Badiou”
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